terça-feira, 14 de junho de 2011

Exú

EXÚS

Exus são espíritos que já encarnaram na terra.

Estes espíritos optaram por prosseguir sua evolução espiritual através da prática da caridade, incorporando nos terreiros de Umbanda. São muito amigos, quando tratados com respeito e carinho, são desconfiados, mas gostam de ser sempre lembrados. Esses espíritos, assim como os Preto-velhos, Crianças e Caboclos, são servidores de Jesus e dos Orixás.

Apesar das imagens de Exus, fazerem referência ao "Diabo" medieval (herança do sincretismo religioso), eles não devem ser associados a prática do "Mal", pois como são servidores dos Orixás, todos têm funções específicas e seguem as ordens de seus "Maiores".

Dentre várias, duas das principais funções dos Exus são: a abertura dos caminhos e a proteção de terreiros e médiuns contra espíritos perturbadores durante a gira ou rituais.

Desta forma esses espíritos não trabalham somente durante a "gira de Exus" dando consultas, onde resolvem problemas de emprego, pessoal, demanda e etc. de seus consulentes. Mas também durante as outras giras (Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Orixás), protegendo o terreiro e os médiuns, para que a caridade possa ser praticada.

Mas Então Quem É Exu?

Ele é o guardião dos caminhos, soldados dos Pretos-Velhos e Caboclos, mensageiros, lutadores contra o mau, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado.

Verdadeiros cobradores do carma e responsáveis pelos espíritos humanos caídos, representam e são o braço armado e a espada divina do Criador nas Trevas, combatendo o mal e responsáveis pela estabilidade astral na escuridão. Agentes da Lei atuam dentro de seus mistérios, regendo seus domínios e os caminhos por onde percorre a humanidade.

Em seus trabalhos Exu corta demandas, desfaz trabalhos, feitiços e magia negra, feitos por espíritos malignos. Ajudam nos descarregos e desobsessões retirando os espíritos obsessores e os trevosos, encaminhando-os para a luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.

Seu dia é a Segunda-feira, seu patrono é Santo Antônio, em cuja data comemorativa tem também sua comemoração. A sua linha é regida pelo Orixá Ogum. A roupagem fluídica dos Exus varia de acordo com a sua função, missão e localização.

Normalmente, em campos de batalhas, eles usam o uniforme adequado. Seu aspecto tem sempre a função de amedrontar e intimidar.

É claro que em determinados lugares, eles se apresentarão de maneira diversa. Em centros espíritas, podem aparecer como "guardas". Em caravanas espirituais, como lanceiros. Se apresentam nos trabalhos umbandistas de maneira fina: com ternos, chapéus, capas, bengalas, etc.

Às vezes temidos, às vezes amados, mas sempre alegres, honestos e combatentes da maldade no mundo, assim é Exú.
Algumas palavras sobre os exus:

• Têm palavra e a honram;

• Buscam evoluir;

• Por sua função cármica de Guardião, sofrem com os constantes choques energéticos a que estão expostos;

• Afastam-se daqueles que atrasam a sua evolução;

• Estas Entidades mostram-se sempre justas, demonstrando emotividade firme, dando-nos a impressão de serem mais "Duras" que as demais Entidades;

• São caridosas e trabalham nas suas consultas, mais com os assuntos Terra a Terra;
• Sempre estão nos lugares mais perigosos para a Alma Humana;
• Quando não estão em missão ou em trabalhos, demonstram o imenso Amor e Compaixão que sentem pelos encarnados e desencarnados.


“Pela Misericórdia de DEUS, que me permitiu a convivência com essas Entidades desde a adolescência, através dos mais diferentes filhos de fé, de diferentes terreiros, aprendi a reconhecê-los e dar-lhes o justo valor. Durante todos estes anos, dos EXÚS e POMBO-GIRAS recebi apenas o Bem, o Amor, a Alegria, a Proteção, o Desbloqueio emocional, além de muitas e muitas verdadeiras aulas de aprendizado variado. Esclareceram-me, afastando-me gradualmente da ILUSÃO DO PODER. Nunca me pediram nada em troca. Apenas exigiram meu próprio esforço. Mostraram-me os perigos e ensinaram-me a reconhecer a falsidade, a ignorância e as fraquezas humanas. Torno a repetir, jamais pediram algo para si próprios. Só recebi e só vi neles o Bem.”

(Testemunho de um Sacerdote de Umbanda)

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